segunda-feira, 6 de julho de 2020

Turma: 1º II - PET Vol. 2 - Vacinação - Atividade Semana 2 (06 a 10/07)

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): Saúde física.

OBJETO DE CONHECIMENTO: Vacinação.


HABILIDADE(S): 12.5. Identificar as alterações que ocorrem no organismo durante e depois da atividade física.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Saúde física, mental e social.




TEMA: SAÚDE
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Caro (a) estudante, nesta semana convidamos você a refletir um pouco sobre a importância da vacinação e como as fake news prejudicam o processo de promoção da saúde da população.

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...

A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS

Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado — como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mesmo estando sob controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.

Fonte: https://www.pfizer.com.br/noticias/importancia-da-vacinacao Acesso em: 12 maio 2020.

Curiosidades: Abaixo estão algumas doenças e os seus respectivos sintomas. Todas elas já possuem vacinas.

- Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte. Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade.

- A rubéola é uma infecção viral contagiosa que causa sintomas leves, como dores nas articulações e erupção cutânea. A rubéola é causada por um vírus e pode causar defeitos congênitos graves se a mãe for infectada por rubéola durante a gestação.

- No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.

- O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar a morte. As principais complicações variam de acordo com as fases da vida do paciente, como: Crianças: pneumonia; infecções de ouvido; encefalite aguda (inflamação no encéfalo — parte do sistema nervoso dentro do crânio); morte.

Caxumba:    https://www.unasus.gov.br/noticia/caxumba-para-especialistas-nao-ha-necessidade-de-alarme

Rubéola: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/rubeola

Hepatite:  http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites-virais

Sarampo:       https://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3025-sarampo-sintomas-prevencao-causas-complicacoes-e-tratamento



O texto abaixo discute a questão das Fake News sobre as vacinas e conta a história sobre a Revolta da Vacina, ocorrida no Brasil na virada do século XIX para o XX.

ESTAMOS VIVENDO UMA NOVA REVOLTA DA VACINA?
Brasil e outros países estão registrando o aumento de mais de três vezes os casos sarampo em relação ao mesmo período de 2018. Segundo a Unicef, a maior causa é a falta de vacinação, pois 169 milhões de crianças não receberam a primeira dose de 2010 a 2017. Desse número, 940 mil estão no Brasil e 2,5 milhões estão no Estados Unidos.

Os órgãos de saúde americanos e brasileiros acusam que há “fake news” proliferando na internet e usuários de redes sociais afirmando que as vacinas não são seguras, impedindo que as campanhas tenham a eficácia desejada. Para combater isso, a cidade de Nova Iorque está impondo multas às pessoas que se recusarem a tomar a vacina tríplice viral para sarampo. A medida tem causado muita polêmica, especialmente entre os judeus ortodoxos que invocam motivos religiosos para não vacinar suas crianças. Esse contexto de falta de confiança nas autoridades se aparenta com um movimento popular que incendiou a cidade do Rio de Janeiro na virada do século XIX para o XX: a Revolta da Vacina.

A charge da revista O Malho, de 29 de outubro de 1904, parecia prever a revolta que se instalaria na cidade poucos dias depois: nem com um exército, o Napoleão da Seringa e Lanceta, como muitos se referiam a Oswaldo Cruz na época, conseguia conter a fúria da população contra a vacinação compulsória.
(foto: Leonidas/Acervo Fiocruz)

A Revolta da Vacina foi um motim popular que aconteceu entre os dias 10 e 16 de novembro de 1905, na então capital do Brasil, Rio de Janeiro. Ela se deu como uma revolta da população contra a lei que obrigava a vacinação contra a varíola, mas que foi um estopim de uma série de problemas sociais.

Nesse período, com o fim da escravidão e da monarquia, havia um grande número de ex-escravos e imigrantes europeus se encontravam em um movimento migratório em direção ao Rio de Janeiro. Sob forte processo de industrialização, a população da cidade passou dos 522.000, em 1890, para os 811.000 em 1906. 

Com esse rápido crescimento, a demanda por habitação crescia consideravelmente, de modo que os donos de grandes casarões passaram a dividir seus cômodos, criando pequenos cubículos, que eram alugados para famílias inteiras. Esse foi o surgimento dos cortiços e pensões do início do século.

Quando o presidente Rodrigues Alves assumiu o governo, em 1902, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro acumulavam-se toneladas de lixo. Desta maneira, o vírus da varíola se espalhava. Proliferavam ratos e mosquitos transmissores de doenças fatais, como a peste bubônica e a febre amarela, que matavam milhares de pessoas anualmente.
Decidido a sanear e reurbanizar a capital, Rodrigues Alves nomeou o engenheiro Pereira Passos para prefeito e o médico Oswaldo Cruz para Diretor da Saúde Pública. Apesar de necessárias, as obras não foram bem executadas e não houve uma preocupação do impacto social. Ruas foram alargadas e os cortiços foram destruídos, retirando a população pobre de suas moradias, e dando início à favelização dos morros, em condições ainda mais precárias que as anteriores. Como resultado das demolições os aluguéis subiram de preço, deixando a população cada vez mais indignada.

Em paralelo a essas ações, o diretor geral de Saúde Pública Oswaldo Cruz ficou encarregado de realizar o saneamento urbano, com o objetivo de erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue às autoridades. O resultado foi o surgimento de fraudes com “empresários” construindo criatórios desses roedores para receber os recursos. Havia também uma campanha de saneamento, onde as casas eram invadidas e vasculhadas sem nenhum esclarecimento.

No ano de 1904, o governo instituiu a lei que fazia com que a vacinação fosse obrigatória, apesar da maioria da população ser contrária. Em conjunção com a lei, Oswaldo Cruz trouxe uma regulamentação ainda mais problemática. O governo passava a exigir comprovantes de vacinação para que as pessoas pudessem matricular seus filhos nas escolas, iniciar novos empregos, viajar, se hospedar na cidade e até mesmo se casar. Quem se negasse a ser vacinado seria multado.

Havia muitos boatos absurdos em torno da vacinação. Um deles dizia que quem se vacinava ficava com feições bovinas, já que havia líquido de pústulas de vacas doentes na composição química da va- cina. Além disso, integrantes de classes mais abastadas se recusaram a deixar que vacinassem suas filhas e esposas, pois ficariam “partes a mostra” dos seus corpos para os agentes de saúde. Por fim, a imprensa não perdoava Oswaldo Cruz, ironizando a eficácia da vacina por meio de charges cruéis.

Charges depreciativas das ações de Oswaldo Cruz o tornaram muito impopular.

(foto: Acervo Fiocruz)


Quando a proposta de vacinação obrigatória de Oswaldo Cruz chegou às mãos da imprensa, o povo iniciou a maior revolta urbana do Rio de Janeiro até então. Espalhando-se por vários bairros da cidade, o conflito envolveu uma violenta repressão policial. A revolta popular teve o apoio de militares que tentaram usar a massa insatisfeita para derrubar, sem sucesso, o presidente Rodrigues Alves. Nos seis dias de revolta, 945 pessoas foram presas, 110 feridas, 30 mortas e mais 461 deportadas para o Estado do Acre.


De fato, a falta de tato do governo no esclarecimento acerca da vacina e o contexto de higienização urbana levaram a população a se revoltar, causando um dos principais conflitos populares da história do Brasil. A Lei da Vacina Obrigatória teve seu texto modificado, tornando o uso da medicação facultativo. Em 1908, o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, e a população correu para ser vacinada, em um episódio avesso à Revolta da Vacina. Pouco tempo depois, a varíola estava erradicada do país. Eventos como esse demonstram cada vez mais a importância de se conhecer a História para que os erros do passado não se repitam.

Disponível     em:    https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2019/04/25/noticia-especial-enem,1048944/

precisamos-de-uma-nova-revolta-da-vacina.shtml. Acesso em: 12 maio 2020.



VAMOS REFLETIR...

Caro(a) estudante, os textos acima nos levam a refletir sobre a importância das vacinas para o cuidado com a saúde do nosso corpo. Nesse sentido vamos à tarefa:

ATIVIDADE 1

1 — Você possui cartão de vacinação?

2 — Você sabe se suas vacinas estão atualizadas, ou seja, em dia conforme o Calendário Nacional de Vacinação?

3 — Você sabia que a melhor forma  de atualizar o seu cartão de vacinação é procurando a  Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa? Então:

• Após o período de Isolamento Social. Leve o seu cartão de vacinação. Se não tiver, você receberá um na UBS. Mantenha-o sempre com você e atualizado. É imprescindível levar um Documento de Identidade com foto e, no caso de Crianças, a Certidão de Nascimento.
• Sempre que estiver aberta uma campanha de vacinação, leve o seu cartão. Ele contém o regis- tro do seu histórico vacinal, facilitando o acompanhamento das vacinas que serão necessárias ao longo da vida.

4 — Compartilhe essa informação com seus familiares, ajude seus pais e irmãos a verificarem o cartão de vacinação.


ATENÇÃO:
• Estamos na Campanha de Imunização contra a Influenza e contra o Sarampo. No site do Ministé- rio da Saúde, você terá acesso ao Calendário Nacional de Vacinação, além de outras informações importantes para a sua saúde. Acesse: https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/Calendario.Nacional.Vacinacao.2020.atualizado.pdf

• A Vacina contra a Meningite C (CWY) já está disponível nas UBS para crianças de 11 e 12 anos.

Ajude na divulgação!!!

(PARA RESPONDER NO CADERNO OU CLIQUE AQUI PARA RESPONDER ONLINE)
VAMOS DEBATER?!

ATIVIDADE 2

1 — No gráfico abaixo estão os dados do quantitativo de dose de vacina contra a influenza aplicados na população em Minas Gerais. Após a leitura dos textos e análise deste gráfico, é possível consi- derar que a população está aderindo à campanha de vacinação contra influenza? A estimativa do IBGE é que a população de Minas Gerais está em torno de 21.168.791 habitantes.


Tabela 5 — Número de doses aplicadas por grupo elegível à vacinação durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, Minas Gerais, 2020.

2 — Se a atividade física é importante para manter um corpo ativo e saudável, será que precisamos das vacinas para evitar que os invasores (vírus e bactérias) nos deixem doentes? Por quê?

3 — Você considera que as fake news dos grupos antivacinas prejudicam a adesão da população nas campanhas de imunização?

4 — Por que precisamos falar de Vacinação no componente curricular da disciplina Educação Física? Converse sobre isso com seus familiares e amigos.


VAMOS RESOLVER?!
ATIVIDADE 3

1 — A questão abaixo está relacionada ao segundo texto “Estamos vivendo uma nova revolta da vacina?” Em 1904, diante de uma epidemia de varíola (doença causada por um vírus), a população da cidade do Rio de Janeiro rebelou-se contra o estabelecimento da vacinação obrigatória.    Esse episódio marcante na história da então capital da república ficou conhecido como Revolta da Vacina. Entre as opções, qual explica melhor as razões da revolta?
a) O interesse da população no retorno do regime monárquico.
b) As decisões do governo consideradas autoritárias, a participação política reduzida da população pobre e a falta de confiança dela nas autoridades.
c) A ignorância das pessoas em relação às melhorias trazidas pela campanha de vacinação conduzida por Oswaldo Cruz.
d) A preservação da intimidade doméstica e da moralidade que a população julgava ameaçadas pela política de Saúde Pública.

2 Leia com atenção a tirinha de Frank & Ernest abaixo e responda:
Disponivel em:http://www.professor.bio.br/provas_topicos.asp?topico=imunologia. Acesso em: 12 maio 2020.

Existe um erro de fundamento biológico na historinha da tirinha. Assinale a alternativa que esclarece o erro:
a) é que vírus do tipo “A” não sofre efeito de vacina alguma
b) é que a vacina não combate vírus, somente doenças causadas por bactérias
c) é que a vacina não combate vírus, ela proporciona ao nosso organismo produzir defesas, os anticorpos, que são específicos aos seus antígenos, no caso o vírus “A”
d) é que a vacina é feita de vírus, portanto ela não pode destruir o que a produz
e) é que o vírus impede a ação da vacina, inibindo a sua atividade de defesa, que é o sistema “chave-fechadura”
 

3 A defesa do nosso corpo contra organismos invasores é garantida graças a uma série de órgãos, células e moléculas que constituem nosso sistema:
a) nervoso.
b) digestório.
c) imunológico.
d) cardiovascular.
e) locomotor.

4 No sistema imune, algumas células de defesa, ao terem contato com o antígeno, diferenciam-se em células de memória. Isso faz com que:
a) uma pessoa torne-se imune a qualquer doença para sempre.
b) a resposta imunológica primária seja efetiva.
c) a resposta secundária seja mais rápida.
d) nos curemos de qualquer doença.
e) nosso corpo produza anticorpos que serão estocados para uma nova infecção.

5 — Os seres humanos são capazes de estimular a produção de células de memória no corpo e, assim, prevenir-se contra algumas doenças. Os agentes utilizados para a produção de células de memória são:
a) antitérmicos.
b) vacinas.
c) soros.
d) anti-inflamatórios.
e) antibióticos.



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